quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A continuação da minha história de amor com a EMEL

Há coisa de umas semanas, começaram a pintar os lugares de estacionamento no largo onde moro. "Tão queridos", pensei eu, inocente, naif, ingénua, "estão a tornar o estacionamento mais fácil!". Ora a minha colega de casa, ser mais prático e realista do que eu, ditou a sentença: "Devem estar a preparar-se para colocar parquímetros!".
Assim disse, assim foi! A minha querida empresa Emel, com a qual tenho uma bela relação de ódio-ódio, a convite do meu querido Presidente da Junta, decidiu colocar uns belos parquímetros em toda a zona. Ora a mesma é basicamente uma área residencial! E considero, no minimo, estúpido ter de pagar para estacionar à porta da MINHA casa!!! Danada, em fúria e com ar possuído, dirigi-me à dita Junta para obter informações sobre como obter o digito de residente.
Aguardando, de mão na anca e pé ritmado, numa fila mais longa do que esperava (e porque tenho a sorte de sair cedo, pois como bons FP fecham às 17h30), lá chegou a minha vez. Tenho de pagar 12 euros pelo meu carro, sendo que o segundo carro pagará 42 euros. Sinto-me roubada! Tenho de pagar por um serviço que é inexistente! O que é que obtenho em troca do estacionamento?! Ruas limpas? Estradas arranjadas? Nada disso!
Estava eu nesta resmunguisse, quando entrou a Senhora-da-Frutaria-da-Rua-de-Trás. Chateada, aborrecida e com todo o poder e voz que o avental lhe dava, contou a quem estivesse nos metros circundantes de que tinha de pagar 324 euros só por um lugar de estacionamento. É triste... onde está o incentivo ao pequeno comércio de rua? Onde está o apoio ao comércio tradicional? E a verdade é que, apesar de mais caras, são as melhores frutas que já provei, tudo NACIONAL.
Burros, os que encaminham a população para grandes centros comerciais. Burros os que não estimulam a vida num bairro envelhecido. Burros os que têm um cheque a fazer as vezes de cenoura e não conseguem ver além disso...

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