quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009



Sim, desde Setembro houve um novo salto na minha existência...Justifica, em parte, a minha ausência "literária".
Já há algum tempo que queria uma nova gatinha...Ainda em Setembro ou já em Outubro, iniciei a minha busca no canil municipal da nossa pobre capital. Experiência que jamais esquecerei e pelas piores razões possíveis. Não me irei alongar muito na sua descrição, não vá ser acusada de difamação e dada como acusada por simplesmente descrever aquele antro (é verdade, não seria a primeira! Democracia?!)... Sai de lá "de mãos a abanar" (e o coração a pesar), pois: 1º-não haviam bebés; 2º-os bebés que existiam teriam de esperar os oito dias para serem adoptados e, finalmente, 3º-os bebés existentes estavam doentes e precisavam de ser vistos pelo veterinário (depois de os ver, calculo que sim, que seja um facto).
Andei a passear pelas ruas de Lisboa em busca DA GATA, arrastando amigos e família na minha demanda...sem sucesso!
Fui à União Zoófila, apresentaram-me as instalações sem qualquer dificuldade e vi os gatinhos existentes (alguns eram verdadeiros poços de mel). Não havia bebés, e confesso que tinha receio de como a Scaramouche iria reagir a um gatito já adulto. Se fosse hoje, adoptaria um adulto sem problemas, mas nunca tinha tido mais do que um gato na vida (aliás, a Scaramouche foi a estreia!).
Sai de lá entristecida, pensando que talvez não fosse a hora certa, que talvez tivesse de esperar até surgir a esperada gatinha...
Na mesma tarde (dia 25 de Outubro de 2008), e aproveitando a presença da famelga em Lisboa, fomos visitar a Exposição Felina Mundial, patente no Pavilhão Atlântico... A minha mãe tentava animar-me: "quando menos esperares, cai-te um gato nas mãos!"...Blábláblá
Aproximamo-nos da entrada e vejo duas raparigas com cestos de verga. No seu interior: gatinhos rafeirinhos (como se quer!).
-"São para adoptar?" pergunto, em simultâneo com o toque do telemóvel da rapariga.
-"Sim, segura aqui!" e passa-me para os braços o meu gatinho, caído do céu... Pequeno, minúsculo, preto-e-branco (gatinho-vaca, que eu antes não apreciava), rapaz (também não era o pretendido, mas nestas coisas é o gato que escolhe o dono) e senhor de uns olhos muito castanhos e carentes. Apaixonei-me, claro!
Alguém tinha deixado a ninhada à porta da rapariga, que aproveitou a exposição para tentar dá-los. Vi a exposição num instante e quando sai trouxe comigo aquele ser amedrontado através do Vasco da Gama (pobre coitado, ainda passámos por um grupo histérico de adolescentes vestidos a rigor a berrar Tokio Hotel, que, porém, ficaram encantados com o bichinho).
Já algum tempo passou desde então...deu-se a integração com a Scaramouche e na casa...Posso dizer que desde o segundo dia que é dono e senhor do lar. Deixo algumas fotos do meu gatinho-pombo (passa a vida a “arrulhar”).