segunda-feira, 18 de maio de 2009

Gatinho falsamente acusado!

A minha casa continua em estado de sítio, mas ligeiramente mais calma...
Há pouco mais de uma semana foram aqui acolhidos três gatinhos (ou direi três esqueletos de gato) que o homem (com um H muito minúsculo) condenara à pena máxima, pelo crime de simplesmente existirem... Várias foram as pessoas que se comoveram, e entre tantos bichinhos que esperavam o momento fatal, estes três foram resgatados pela sorte de serem meiguinhos... Uma senhora de nome doce organizou e até mim chegaram as três amostras de criaturas!
Ao longo dos dias, dois foram entregues a melhores sortes do que a que lhes haviam destinado. O terceiro, uma pantera negra de olhos carentes ainda cá se encontra. Chegou ranhoso, constipado, coberto de feridas e crostas, com os olhos inflamados e de ossos salientes. O pêlo não tinha brilho e o passo era incerto e frágil. Hoje é um senhor gato! Brinca, salta, e clama por atenção constantemente (o que me parte o coração, pois como tem de estar separado dos meus gatos, tenho um gato a olhar pela janela, a espreitar atrás de uma orquídea amarela a miar por mimo, impedido de ter direito àquilo que observa os outros terem...).
Ora hoje cheguei a casa e pensei que o cheiro fedorento que vinha da cozinha (onde se encontra o meigo gatinho) tivesse proveniência numa certa marcação de território (o menino ainda conserva os seus tin-tins, mas por pouco tempo)...
Gatinho inocente! Afinal o cheiro provinha de umas cebolas esquecidas no fundo do armário, empestando o ambiente! E o falsamente acusado gatinho foi compensado por um festim de mimos e comidinha, a que tem um direito bem merecido!