Acabei de ler a Quinta dos animais do George Orwell (que alguns podem conhecer com o título de "O Triunfo dos Porcos"). Foi um livro particularmente especial para mim, e confesso que estava ansiosa para o ler já há uns bons anos. Quando era pequena (e quando digo pequena é mesmo mini, pois ainda mal sabia ler as legendas), assisti na televisão, juntamente com a minha avó, ao filme em animação baseado neste livro. Ora, para uma miúda, espectava apenas ver bonecos animados com animaizinhos duma quinta. ERRADO! A história marcou-me de tal modo que nunca mais esqueci a frase "Somos todos iguais, mas uns são mais iguais que os outros". Porém, a cena que mais me marcou foi quando o burro foi levado para uma fábrica para virar sabão! A imagem ficou-me marcada...e o que eu chorei na altura!!! E disfarçadamente, claro, que era para a avó não ver! Sinceramente, acho que a minha avó também esperava os típicos bonecos animados da altura...uma espécie de Fábulas da Floresta Verde... ERRADO!
Ora, voltando ao livro, George Orwell (de seu verdadeiro nome Eric Arthur Blair) criticou de uma forma alegórica e extremamente inteligente o nascimento e evolução do socialismo soviético. Sendo lançado em 1945, data dos pezinhos de lã, foi uma pedrada no charco inglês, em que comentar negativamente o regime soviético era algo "politicamente incorrecto", ao contrário da critica constante ao próprio governo inglês (ring a bell!?!).
Se gostei do filme, do livro, amei! Pesado, ácido, duro... muitíssimo bem escrito! E claro, dei por mim a chorar baba e ranho quando o cavalo foi "enviado para o hospital dos humanos". Sou uma lamechas! Será que no filme também era um cavalo e eu é que pensei que era um burro?!
Continuando na literacia, estou a ler "As últimas horas da antiga luz do sol", de Thom Hartmann. Como este livro chegou até mim, é um mistério! Agarrei-o perdido por casa e como não sou de me fazer esquisita, toca a ler. Quando me apercebi que o tema era a ecologia e a situação ambiental actual, fiquei convencida de que era da minha companheira de casa (Eng. do Ambiente), mas nop, não é! Como entrou na minha casa, desconheço, mas até agora está a ser muito, mas mesmo muito bem-vindo!
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